News Release 1845 : BRAGA PREVINE PROPAGAÇÃO DA GRIPE AVIÁRIA
Cidade do Porto, 14.11.2005, Semana 46, Segunda-Feira, 20:02 - [Poder Local] A Câmara Municipal de Braga está a reforçar as suas medidas de prevenção relativas à eventual propagação do vírus "H5N1", vulgo "gripe das aves", tendo com essa intenção dado instruções aos técnicos da Quinta Pedagógica de Braga para evitar o contacto das espécies autóctones ali existentes com aves selvagens.
Tais instruções, emanadas da vereadora da tutela, Palmira Maciel, assentam na recomendação do veterinário municipal, que, num relatório elaborado sobre este assunto, alerta para as medidas a adoptar com a intenção de diminuir a possibilidade de contacto entre aves domésticas e aves de vida livre.
«Apesar das medidas de biosegurança não o exigirem ainda, mas atendendo a que estamos perante um espaço frequentado principalmente por crianças, recomenda-se a contenção das aves 24 horas por dia em estruturas provisórias construídas para o efeito», afirma aquele especialista.
Refira-se que a Quinta Pedagógica de Braga, um centro de experimentação ambiental criado pelo Município há dois anos, serve de local de nidificação de algumas espécies selvagens, designadamente a patos-bravos, que ali convivem naturalmente com espécimes domésticos da mesma família.
Aos criadores de aves de capoeira e de outras aves em cativeiro, o médico-veterinário municipal, Jorge Bernardo Ferreira, sugere igualmente que sejam tomadas medidas que minimizem o contacto das aves domésticas com espécies selvagens, «o que pode passar pela protecção dos locais onde é distribuído o alimento ou pela contenção das próprias aves». A presença da doença ou mortalidades anormais, lembra, devem ser comunicadas ao serviço de veterinária municipal ou à Direcção-Regional de Agricultura de Entre Douro e Minho.
No seu relatório, o especialista recomenda que as aves ornamentais (palmípedes, galináceos, pombos) existentes em espaços públicos urbanos devem ser alimentadas durante o período diurno e de forma a garantir que daí não resultem porções remanescentes de alimento que venham a constituir foco de atracção para aves selvagens, especialmente durante a noite (patos selvagens). Exorta igualmente a tutela a estudar locais alternativos para colocar essas aves, caso as medidas de biosegurança venham a tornar obrigatória a sua contenção.
O coordenador dos serviços veterinários do Município de Braga garante, contudo, que as instâncias de veterinária pública estão preparadas para prestar todo o tipo de apoio tido por adequado à situação, isto num eventual quadro de emergência sanitária, consequente do aparecimento súbito de situações de doença ou de mortalidade anormal, associados a quadros febris e respiratórios nas aves.
Nota : Pela foto, agradecimento à CM BRAGA.
Luís Moreira
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